Estamos acompanhando quase em tempo real a estruturação do metaverso. Mesmo que o foco do momento seja em construir e explorar esse espaço virtual voltado para conexões sociais, já podemos perceber seu potencial para iniciar uma nova onda da transformação digital.
O relatório “Criação de valor no metaverso”, da McKinsey, prevê que esse mercado movimente cerca de US$ 5 trilhões até 2030. O estudo relata ainda que o comércio eletrônico será a principal fonte de renda para o segmento, gerando entre US$ 2 trilhões e US$ 2,6 trilhões. A publicidade e o aprendizado virtual também devem se destacar em termos de impacto e geração de receita.
Para acompanhar essa transformação, grandes players como Microsoft, Apple e Disney já estão se aproximando desse universo.
Segundo dados da consultoria em tecnologia Gartner, em menos de 5 anos, mais de um quarto das empresas estarão no metaverso. Além disso, pelo menos 25% da população mundial passará pelo menos 1 hora por dia no ambiente digital.
Diante das previsões, a tecnologia chama a atenção de lideranças de grandes corporações e também de startups, mas ainda pode levantar questões como: “qual é o momento certo para apostar no metaverso?” e “como posso utilizar essa nova tecnologia no meu negócio?”.
Para explorar a fundo esse tema, convidamos a Transformation Architect da KPMG & Distrito Leap e mentora WE Impact, Thammy I. Marcato. Confira o que ela tem a dizer sobre os itens abaixo:
O que é transformação digital e 3 formas de aplicá-la
As novidades trazidas pelo metaverso
Como inserir o metaverso no meu negócio?
O que é transformação digital e 3 formas de aplicá-la
Antes de mais nada, é importante entender o conceito de transformação digital. Para Thammy a melhor forma de fazer isso é observar o que está por trás do termo:
À medida que a tecnologia foi se desenvolvendo, os negócios que não se transformavam a partir da disponibilidade dessa estratégia começaram a ficar para trás. Isso aconteceu porque passaram a competir com quem tinha mais dinamismo, mais eficiência, mais velocidade, mais capacidade analítica e mais capacidade de gerar valor.
Thammy I. Marcato, Transformation Architect da KPMG & Distrito Leap
Outro ponto importante é separar e analisar espectros da transformação digital sobre as possibilidades que ela pode gerar.
Para isso, a especialista, que atua como mentora para as startups investidas WE Impact nos pilares tecnologia, produto, time e receita do nosso Venture Managament, cita 3 formas de transformação:
– Transformação das operações: o momento em que as disponibilidade tecnológica e os novos mindsets são colocados em prática para gerar eficiência.
“Essa categoria engloba sistemas, fluxo de dados, analytics, integração…toda forma de datificar a operação e dar celeridade através do digital”, afirma.
– Transformação das relações: uma outra ótica é a transformação digital voltada para os relacionamentos com os clientes, agentes do ecossistema e outros stakeholders.
Nesse momento, a estratégia é utilizada para criar jornada de clientes, gerar novas experiências, personalizar as comunicações, desenvolver produtos e serviços mais assertivos. E também para garantir que a geração de valor das empresas seja baseada nas necessidades do mercado.
– Transformação do impossível/possível: até o momento, pensamos na transformação digital voltada para trazer mais eficiência para as operações e relações que já existem. A especialista destaca que é importante questionar “quais são as novas coisas que conseguimos fazer através de tecnologia?”
Essa redefinição do possível é muito importante estar dentro da transformação digital! E é a partir dela que surge, por exemplo, a criação de um Tesla, onde há a combinação das duas transformações – da operação e das relações – aliada à criação de um novo tipo de negócio.
Thammy I. Marcato, Transformation Architect da KPMG & Distrito Leap
As novidades trazidas pelo metaverso
Thammy explica que, muito além de influenciar a transformação digital, o metaverso é uma continuação constante deste processo.
“Com ele, vamos migrar o digital que está sendo constantemente transformado para um plano experiencial! Ele sai do mundo 2D e começa a nos impactar sensorialmente, porque conseguimos transpor uma experiência humana física para o ambiente virtual”, comenta.
Trazendo essa nova camada qde interação e monetização, o metaverso tem um potencial de impacto muito grande. Ao mesmo tempo, ele é mais um elemento dentro de toda a transformação digital que já vem acontecendo ao longo dos últimos anos.
Thammy I. Marcato, Transformation Architect da KPMG & Distrito Leap
Nossa mentora reforça que a evolução das tecnologias não diminui, e sim acelera, à medida que surgem novas funcionalidades, demandas sociais e combinações.
E cita, que caso do metaverso, podemos dizer que ele nasceu da necessidade da socialização digital somada à possibilidade de se criar experiências de realidades imersivas.
Como inserir o metaverso no meu negócio?
Assim como nos processos e na cultura, as corporações e as startups têm visões diferentes em relação ao metaverso.
Thammy observa que as grandes organizações iniciam a jornada com muitas dúvidas e incertezas. Em sua visão, o fato de a tecnologia estar em construção faz com que o processo de descoberta seja bem demorado.
“O compliance, a segurança e o medo de entrar no desconhecido é muito maior, então é bem provável que as corporações andem com passos menores”, opina.
Quando falamos em startups, principalmente as em estágio inicial, o momento deve ser de decisões. As lideranças devem definir se o metaverso é o melhor meio para o desenvolvimento do negócio. Se a resposta for sim, surgem novas questões: devo resolver um problema do metaverso ou mudar o meu foco inteiro para ele?
Thammy explica que, apesar de não haver muitas startups voltadas para esse ambiente em si, o ecossistema de tecnologia e inovação vem fornecendo as ferramentas e estruturas necessárias para que o metaverso se torne realidade.
Muitas startups estão focando nos elementos que permitem que o metaverso exista, como a criação de avatares, gestão criptográfica, ativos digitais, indexação… e outras tecnologias necessárias para que esse universo virtual fique cada vez mais claro.
Thammy I. Marcato, Transformation Architect da KPMG & Distrito Leap
Conexões que promovem a transformação digital
Mesmo com perfis diferentes, é possível que startups e corporações trabalhem juntas em prol da transformação digital.
Esse tem sido o caminho escolhido por grandes empresas globais e dentro do Brasil para se relacionar com open innovation e acelerar seu processo de transformação digital.
E a estratégia vem se intensificando: segundo dados do estudo “Startups no Brasil e a Open Innovation 2016-2021″, esse tipo de relacionamento cresce em média de 125% ao ano por aqui.
Nós, da WE Impact, construímos pontes ao promover a equidade de gênero nesses dois tipos de empresas, que se tornam cada vez mais íntimos na nova economia.
Atuando no modelo de corporate venture building, nos certificamos de que as startups investidas se beneficiem dessa interação validando, desenvolvendo e expandindo seus produtos direto no mercado, enquanto as empresas parceiras acessam suas soluções tecnológicas e inovadoras.
Temos promovido conexões valiosas entre as startups fundadas e lideradas por mulheres do nosso portfólio a grandes corporações parceiras, como Microsoft, Grupo Multi, Flex e Suzano.Você representa uma empresa e gostaria de ter acesso a toda tecnologia e inovação das startups? Preencha o formulário e cadastre-se para conversar com a gente.