O networking é uma ferramenta essencial para quem deseja trabalhar o marketing pessoal, acesso a oportunidades, informações e construir uma rede de apoio durante sua jornada empreendedora.
Aqui na WE Impact, acreditamos muito nesse valor e é por isso que, além do investimento financeiro, oferecemos às nossas startups investidas acesso à #WEImpactNetwork, nossa rede de parceiros, mentores e especialistas, bem como a conexão grandes corporações, como uma das formas de impulsionar seus resultados.
Mesmo conhecendo seus inúmeros benefícios, muitas pessoas ainda possuem dificuldades em fazer contatos e gerir sua rede. Por isso, convidamos a presidente do LIDE Futuro, Laís Macedo, para compartilhar uma série de dicas valiosas que vão te ajudar durante esse processo.
O LIDE futuro é um grupo de networking que une jovens empreendedores e sucessores de empresas familiares que estão transformando e impactando os seus mercados com novos modelos de atuação, novas tecnologias e negócios disruptivos.
Nesse artigo, vamos falar sobre:
O networking e a jornada empreendedora
Obstáculos enfrentados pelas mulheres e como lidar com eles
Seja relevante e fuja da síndrome da impostora
Oportunidades de conexão no ecossistema de startups
O networking e a jornada empreendedora
Para Laís, esse é o maior ativo que a gente pode ter na nossa vida, nos nossos negócios e na nossa carreira, especialmente para quem empreende: “Eu sempre digo ao empreendedor que o maior ativo que você pode ter no seu processo é o networking. Porque ali você vai encontrar portas, pessoas de confiança para quem recorrer nessa jornada tão solitária que é empreender”, conta.
Isso acontece porque é possível recorrer a uma pessoa que te conhece e que confia em você para pedir ajuda, para escutar outras opiniões, procurar mentes novas, referências em quem você pode confiar e se aconselhar.
“O negócio é feito à base de confiança e ela surge a partir de relações bem estabelecidas e geridas.”
Laís Macedo – LIDE futuro
Mas não basta se conectar, é preciso também nutrir esse relacionamento. Laís explica que o grande ativo do networking não é com quem você está se conectando, mas a quem você tem acesso; não é só quem você conhece, mas também quem conhece você.
“Eu sempre faço uma reflexão: beleza, você tem um número de WhatsApp, mas aquela pessoa vai te responder? É uma via de mão dupla. É o acesso que determina, é muito importante que a gente compreenda o networking de uma forma mais profunda”, ela ressalta.
Por outro lado, não é preciso se limitar a realizar conexões colaborativas o tempo todo, e sim olhar com uma visão estratégica para a nossa rede. Para a executiva, quando se tem uma rede poderosa, mas há uma ansiedade de fazer negócios sem compreender a necessidade do outro, isso pode gerar um desgaste.
Por isso, não adianta se conectar se você não souber gerir a sua rede. “Você é capaz de construir uma rede poderosa na mesma velocidade que é capaz de destruí-la”, reforça a presidente do LIDE Futuro.
Conexões e liderança
Uma rede de contatos poderosa pode ser um grande atributo para quem almeja chegar a uma posição de liderança, além disso, é uma ferramenta extremamente importante para quem já lidera uma equipe.
Mas Laís chama a atenção para a diferença entre realizar conexões e politicagem. “Aqui há uma linha muito tênue, porque eu não gosto da ideia de ‘fazer politicagem’, esse termo, para mim, vem com um tom de falsidade e superficialidade.”
Tal estratégia pode até funcionar, mas o ideal é construir um relacionamento com todas as pessoas que te orbitam e fazem parte de sua trajetória para chegar, então, até a posição de liderança que você almeja.
Quando você soma a habilidade de construir relações sérias verdadeiras, relações empáticas e relações de confiança com outros conhecimentos – hard skills e soft skills -, sua caminhada até o topo se torna mais ágil e você está pronta para esse cargo.
Os obstáculos enfrentados pelas mulheres e como lidar com eles
Uma das ações que Laís implementou ao assumir a presidência foi o W LIDE Futuro – braço de empoderamento do LIDE FUTURO com base na competência, diálogo e atitude da mulher.
Na época, 90% das aplicações vinham de homens. Isso a espantava e ao mesmo tempo a incomodava. Foi aí que passou a pensar em estratégias para alterar esse cenário. “Todos os eventos promovidos pelo grupo são fechados para que os nossos filiados possam fazer conexões, ter acesso a oportunidade, conteúdo e experiência de networking, mas neste momento foi realizada uma exceção. Decidimos criar um ‘W’, onde teríamos uma agenda de eventos para as mulheres, onde cada mulher poderia trazer outra mulher para que a gente pudesse apresentar o projeto”, explica.
Para ela, isso se trata de uma questão histórica e da carga de autocobrança que a mulher enfrenta para estar nos espaços, de executar algumas atitudes e comportamentos.
“Digo isso porque o homem não precisa se sentir 100% preparado e qualificado para afirmar que é um grande líder para estar no LIDE futuro, mas a mulher sim, então ela tem uma série de ressalvas para aplicar e para acreditar que é compatível com um grupo que verbaliza ser extremamente voltado para grandes lideranças”, complementa.
“Essa falta de confiança da mulher reverbera de diversas formas na velocidade um pouco mais lenta que ela tem de se conectar, o que não faz o menor sentido porque há muito know-how, muita experiência, muita força, geração de valor em cada voz feminina, em cada espaço, e temos que mudar essa cultura que inibe a mulher de se expor e assumir esse espaço que lhe pertence.”
Laís Macedo – LIDE futuro
Seja relevante e fuja da síndrome da impostora
Existem muitas questões que nos impedem de realizar um networking, a síndrome da impostora e a falta de relevância são algumas delas. Olhamos para um cargo, idade, ou para uma pessoa que está em um palco e nos sentimos muito inferiores a ela. Pensamos “se ela está lá é porque é muito superior a mim”, mas nos esquecemos de que ela sabe especificamente sobre aquele tema, mas existem tantas outras coisas que sabemos muito mais do que ela.
“Temos um grande costume de nos nivelar por baixo e, quando fazemos isso, já eliminamos parte da nossa coragem de ir adiante com a nossa rede, com a construção do nosso relacionamento”, reflete.
Laís explica essa situação usando uma teoria que a autora Maytê Carvalho utiliza no livro “Persuasão”:
“Agora são 11h30 do dia 16 de setembro para mim e 11h30 do dia 16 de setembro pra você, nós estamos na mesma condição e, nesse mesmo momento, o que vamos fazer é trocar o nosso tempo. Não quer dizer que o meu tempo vale mais e o seu menos, ou que o meu segue acontecendo e o seu vai parar para você interagir comigo… isso é um imenso absurdo! Então não é só pensar assim, ‘será que ela vai querer me ouvir?’. É pensar: ‘será que eu quero falar com ela?’”
Mas, além de nos colocarmos em uma posição de valor, precisamos agir com relevância. Ela dá um exemplo pessoal dos contatos que fez durante o período de pandemia: “eu conheci muitas pessoas através de lives – mandando um elogio, uma pergunta, contribuindo com algo. Aí sim você está sendo relevante! A chance da outra pessoa responder e você começar uma interação é muito maior.”
A executiva orienta: é necessário chegar, se apresentar, contextualizar e falar sobre como você quer contribuir.
Oportunidades de conexão no ecossistema de startups
No mundo do empreendedorismo de tecnologia, a maior parte dos negócios precisa buscar investimento externo para apoiar o seu crescimento e escala. Nesse contexto, ter uma rede de contatos forte se torna ainda mais decisivo.
Muitas das decisões de investimento acontecem dentro dos círculos de investidores e empreendedores que já se conhecem ou são conectados de alguma forma. Esse é, inclusive, apontado como um dos motivos da baixa representatividade feminina no ecossistema, que ainda é majoritariamente composto por homens, e do baixo fluxo de aportes destinados a startups fundadas por mulheres.
Nascendo também de uma conexão, a Chamada WE Impact + KPMG foi criada para furar essa bolha, destinando capital exclusivo para startups de tecnologia fundadas por mulheres, dispensando a indicação como um “pré requisito” para fazer um pitch.
A iniciativa foi voltada para startups B2B fundadas por mulheres e que possuem base tecnológica (software), e o objetivo da iniciativa é não só realizar investimento financeiro nessas startups, como também contribuir para a jornada das empreendedoras, entre outras frentes, por meio do poder do networking – que segue sendo importante ao longo de toda a trajetória de qualquer líder.
Isso significa que, além do capital, oferecemos também conexão com as grandes empresas que integram a #WEImpactNetwork para o desenvolvimento de produtos e negócios.
As incrições para a Chamada WE Impact + KPMG foram encerradas em outubro do ano passado. Assine a WE Impact News, nossa newsletter colaborativa, para receber oportunidades como essa em primeira mão. Assine pelo link.