Uma grande ideia para seu negócio pode surgir como uma ferramenta para auxiliar as lutas sociais, complementar ou aperfeiçoar novas descobertas e avanços tecnológicos e até mesmo como uma alternativa para superar crises! Por isso, é extremamente importante que as empreendedoras se atentem às tendências e acontecimentos da atualidade. Seguir esse conselho pode te ajudar a desenvolver a solução que vai se destacar no mercado e também evitar que com o tempo a sua startup deixe de ser inovadora.
O aumento do foco em pautas socioculturais, o surgimento de novas tecnologias e as mudanças que adotamos devido à pandemia de covid-19 influenciaram muitas áreas de nossas vidas. Esses fenômenos agem na forma como lidamos com o dinheiro, burocracias, questões jurídicas e alteraram completamente nossos processos de interação, comunicação, aprendizado e relações de trabalho.
A dinâmica das empresas e a maneira como fazemos negócios também foram revolucionadas. A busca por soluções inovadoras que acompanham o novo ritmo da economia, a responsabilidade corporativa e o engajamento com as causas sociais estão se tornando requisitos para obter sucesso no mercado.
O que empreendedoras de startups B2B têm a ganhar
Para as startups que atuam no modelo B2B, ou seja, que atendem a outras empresas com as suas soluções, o cenário atual é uma grande oportunidade. O mundo corporativo, em especial corporações já estabelecidas no mercado, vem enfrentando o desafio de se adaptar a mudanças rápidas, e diversas dores surgem no caminho.
Na busca pela resiliência, fica cada vez mais evidente de que é preciso inovar, e há um forte movimento de busca pela conexão com startups para resolver essas dores, sejam elas internas ou relacionadas a seus clientes (modelo B2B2C).
Por já nascerem com base na inovação e na tecnologia, além de acompanhar (e lançar) tendências já fazer parte de seu DNA, startups são criadas em um ecossistema que incentiva o desenvolvimento constante, uma estrutura enxuta e o crescimento rápido, o que resulta em maior flexibilidade para se moldar e criar estratégias em meio às crises.
Todas essas características combinadas à experiência das grandes corporações podem gerar resultados poderosos!
Além disso, ao iniciar sua trajetória com base na diversidade, inclusão e no impacto positivo, essas startups podem se tornar multiplicadoras desses valores dentro das empresas que atendem.
Diante disso, algumas áreas passaram a se destacar mais do que outras nos últimos tempos e podem ser grandes oportunidades para empreendedoras passarem a aderir:
ESG
É a sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança adotadas por empresas. O conjunto de práticas surgiu com o intuito de incentivar as empresas a contribuírem para um mundo melhor e se transformou em um movimento global avaliado em mais de US$ 30 trilhões, de acordo com a Global Sustainable Investment Alliance.
A ideia de construir um futuro mais sustentável vem se tornando uma grande preocupação para as corporações – e gerando oportunidades para a criação de startups que utilizam tecnologia e inovação para criar soluções voltadas para: o meio ambiente, como redução de impactos ambientais e fontes alternativas de energia; a sociedade, como a criação de políticas de inclusão e diversidade e projetos sociais; e a governança corporativa, como a transparência e a previsão de riscos.
Open Banking
O Open Banking permite o compartilhamento de informações financeiras dos usuários entre bancos e fintechs por meio da integração de seus respectivos sistemas. Ele permite uma padronização e facilita a comunicação para a portabilidade de dados. Ao optar por essa opção o consumidor passa a ter liberdade para levar suas informações para onde quiser e maior facilidade em contatar novos bancos e serviços.
Essa iniciativa vai aumentar a competição dentro do mercado, demandar uma maior atenção no atendimento ao consumidor e, ao mesmo tempo, revolucionar o mercado das instituições financeiras, abrindo espaço para novos produtos e serviços.
A pesquisa Pesquisa Fintechs Deep Dive 2020 realizada pela PwC e ABFintechs mostra que de 148 fintechs analisadas, 73% desenvolveram soluções em Pix e/ou Open Banking e que 76% dos empreendedores e empreendedoras já esperavam colher benefícios das duas iniciativas logo no primeiro ano.
Open Finance
Podemos definir o Open Finance como uma ampliação do Open Banking, já que ele irá abranger também outras instituições financeiras. A partir de sua implementação, corretoras, companhias de câmbio, fundos de previdência, entre outros, poderão integrar o sistema que permite que o cliente leve todas as suas informações registradas em uma organização para onde quiser, sem precisar começar do zero.
Como vimos, essa nova dinâmica de compartilhamento de dados financeiros irá contribuir para o surgimento de novos negócios. Além disso, ao aumentar a gama de instituições participantes, aumentam também as possibilidades de soluções e o tamanho do mercado que sua startup poderá atender.
Cyber Security
Essa é a área que protege dispositivos, servidores, sistemas e redes. Ela mapeia falhas e elimina portas de acesso para crimes, ataques e terrorismo virtuais.
De acordo com uma pesquisa da Fortinet, o Brasil sofreu mais de 3,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro trimestre de 2021, liderando o ranking da América Latina, com um total de 7 bilhões.
Com a LGPD – Lei Geral de Proteção de dados, que exige aos detentores de dados pessoais a integridade e proteção dessas informações, podendo impor advertências, prazos para adoção de medidas corretivas, multa e outras punições para empresas que não prezam pela privacidade das informações de seus clientes.
Diante dessas informações desse cenário, é crescente a busca das organizações por tecnologias criadas para preservar os dados pessoais de terceiros e seguir as orientações da LGPD.
Legaltech
Segundo a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), o Brasil já possui mais de 200 startups da área jurídica, divididas em 13 categorias, como automação e gestão de documentos, gestão de escritórios e departamentos jurídicos, resolução de conflitos online, compliance, analytics e jurimetria.
Na maioria das vezes, as soluções utilizam Inteligência Artificial, Machine Learning, análise de dados e algoritmos para resolver as dores de empresas especializadas na área jurídica.
Além disso, as Legaltechs podem fazer o uso dessas tecnologias para realizar serviços imprescindíveis a qualquer corporação, como, por exemplo: elaboração e análise de documentos, cumprimento de leis, atenção às normas de órgãos reguladores e prevenção conflitos com fornecedores e consumidores.
Para quem achou que não era possível inovar com tecnologia em um mercado tão tradicional, está aí a prova e mais uma opção de oportunidade para quem quer continuar levando inovação para o ecossistema de startups.
Taxtech
As fintechs diminuem a burocracia com os bancos, as Legatechs otimizam o funcionamento de áreas jurídicas, mas poucos sabem que existem também as Taxtechs: startups que oferecem soluções tecnológicas para o setor tributário, que envolvem o pagamento de impostos, taxas, encargos e tarifas para o poder público.
Elas utilizam a inteligência para oferecer serviços essenciais tanto para pessoas físicas quanto jurídicas questão expostos, por exemplo, a receber mutas por atrasos no pagamento de contas ou processos criminais por sonegação de impostos.
Essa é mais uma área que trabalha para desburocratizar e democratizar os passos necessários para estar sempre em dia e reduzir gastos com tarifas fiscais – e que tem muito a ganhar com o uso da tecnologia.
Martech
O marketing é essencial para um negócio. É exatamente por isso as Martechs possuem um grande potencial de mercado.
Com a digitalização da Comunicação e da publicidade, as ferramentas que otimizam o trabalho dos profissionais de marketing e os tornam mais precisos são cada vez mais requisitadas.
Existem muitas opções de soluções que podem fazer a diferença nessa área: gestão de processos, automação, funil de vendas, relacionamento com o consumidor e mensuração de resultados são apenas algumas delas.
RHtech
As RHtechs envolvem um conjunto de soluções com base tecnológica que auxilia na redução de custos e torna os processos da área de Recursos Humanos mais ágeis e inteligentes.
Por estar inserida no setor responsável pela contratação, alocação e relacionamento com a equipe, esse tipo de startup pode contribuir também para promover valores como diversidade e inclusão nas contratações e no dia a dia de uma empresa.
Outra opção é investir na criação de produtos e serviços voltados para benéficios coorporativos, desenvolvimento do time e outras ações que visam fortalecer a cultura organizacional e que podem aumentar a motivação e o compromisso dos colaboradores e, consequentemente, a retenção de talentos.
Se você se interessa por essa área, pode usar a tecnologia para gerar um impacto positivo no mercado de trabalho.
Edutech
A forma como aprendemos já passou por uma grande transformação com a revolução digital. Hoje, temos acesso a uma gama enorme de conhecimentos em dispositivos móveis e no ambiente virtual.
Mas as mudanças nunca param, e as a inovações com base tecnológica em educação continuam surgindo. Para se ter uma ideia, esse é o maior segmento entre startups no Brasil (17,3%), de acordo com o Mapeamento de Comunidades 2020.
A Abstartups realizou o mapeamento de 566 edutechs brasileiras e descobriu que: o Modelo de negócio SaaS é utilizado por metade das participantes, 12,9% declararam que já venderam/ofereceram suas soluções para órgãos públicos e 88,8% mantiveram seus times, sem necessidade de fazer demissões por conta da Covid-19.
Podemos observar que essa é uma vertical promissora e que se manteve bem durante a crise.
Chamada WE Impacat + KPMG, uma grande oportunidade para empreendedoras
Se você vai apostar em uma dessas oportunidades para começar a empreender pode continuar navegando e nosso blog e aprender mais sobre o ecossistema!
Agora, se você é já é fundadora de uma startup B2B, que possui base tecnológica (software) e atua em uma dessas 9 áreas, não pode deixar de se inscrever no evento de abertura da Chamada WE Impact + KPMG.
O objetivo da iniciativa é não só realizar investimento financeiro nessas startups, como também contribuir para a jornada das empreendedoras por meio do networking, compartilhamento de aprendizados, experiência e acompanhamento hands-on no desenvolvimento de seus produtos e negócios.
A abertura aconteceu no dia 5 de outubro, com a participação da nossa CEO, Lícia Souza, e da sócia-diretora de Private Enterprise da KPMG, Carolina de Oliveira.
No encontro, elas explicaram tudo sobre o processo de seleção das startups, tiraram dúvidas e compartilharam o link para inscrição na chamada em primeira mão! Confira a gravação do evento!